segunda-feira, 29 de abril de 2013

Encontros e Desencontros-Capitulo 07


CAP VII – Reações

- Alô, Laura?
- Oi Renato, como estão as coisas por aí?
- Acabei de chegar do funeral, muita tristeza, uma menina tão nova. Como está o João?
- Está tudo bem, a febre não voltou mais.
- Laura, amanhã vou procurar um apartamento. Quero vocês aqui comigo.
- Re, acho ainda muito cedo para decidirmos uma coisa dessas. Você começou há uma semana no emprego.
- Laura, o que está acontecendo? Você parece querer viver longe de mim. É isso que você quer?
- Deixe de paranoia Renato, por favor. Só estou preocupada com nossa segurança.
- Um mês é suficiente?
- Não sei Renato, deve ser.
- Certo, mas então largue o emprego naquele lugar e aguardamos um mês.
- Já falamos sobre isso Renato, deixe de ser criança. É só um trabalho e, acima de tudo, nossa segurança. Não vou permitir que o João corra riscos. Eu vou atende-lo agora Re, estava preparando um lanche. Ligue amanhã, depois do trabalho e conversamos mais. Beijo.
- Laura, por favor, pense no assunto. Até amanhã.
Desligou mais uma vez, essa não é mais minha Laura. Não consigo entender essa mudança tão repentina. Um mês fora de casa e não conheço mais minha esposa. Não tenho dúvida, só pode ser aquele cara, mas ao mesmo tempo não consigo acreditar que ela tenha deixado de me amar e esteja me traindo. A angústia corroendo meu peito neste início de noite de domingo, não vou conseguir dormir outra noite dessa forma. Resolvi ir até a lanchonete quase vizinha do albergue, pelo menos para umas duas cervejas e conseguir relaxar um pouco. Uns dez passos da porta do albergue e alguém toca meu braço.
- Renato.
- Sim, quem é você? – Ela vestia uma capa creme, com capuz, os cabelos pareciam ser louros, apesar de muito abatida e sem maquiagem alguma, os olhos verdes iluminavam seu rosto.
- Sou amiga da Deise, Renato, meu nome é Kelly, ela me falou muito de você, ela me contava tudo que acontecia na clínica, mas na última semana algo aconteceu. Mataram ela Renato, mataram minha amiga.
- Calma Kelly, acalme-se, por favor, vamos até a lanchonete aqui na esquina, venha.
Sentamos e ela se negou a retirar a capa, parece muito amedrontada, apavorada, na realidade. Porém, nenhuma informação relevante ela parece saber. Está muito nervosa, com medo de que possa lhe acontecer algo.
- Kelly, por que você não procura o investigador responsável pelo caso?
- Renato, eu sei que não tenho alguma informação que possa ser reveladora. Acho que eu só iria me expor. Não sei se não estou correndo perigo. Eu morava com ela.
- Mas por que motivo Kelly?
- Eu não sei qual o motivo, mas ele existe Renato, a ouvi com alguém ao telefone sexta-feira, no intervalo do almoço. Não estou imaginando coisas. Achei muito estranho, ela parecia estar muito assustada, mas ao mesmo tempo, ameaçando alguém.
- Então você sabe alguma coisa.
- Como lhe falei, nenhuma informação que possa ser considerada uma pista, eu só a ouvi ameaçando contar alguma coisa a alguém, mas nenhum nome ou outra informação qualquer.
- Kelly, a polícia tem como identificar a origem e o destino de cada ligação telefônica, você precisa procurar o investigador o mais rápido possível.
Ela prometeu pensar, depois de me fazer jurar que não comentaria nossa conversa com ninguém. Será que realmente Deise pode ter sido assassinada? Por que veio me procurar? Por que confiaria em mim, mesmo que Deise tenha comentado sobre mim?
Fui até a lanchonete para relaxar e agora mesmo que não conseguirei dormir.
Saí muito cedo para passar numa imobiliária que fica há duas quadras do albergue, antes de seguir para a clínica. Peguei três chaves de apartamentos aqui no bairro para dar uma olhada durante o intervalo de almoço.
Cheguei à clínica e, mesmo da porta, conseguia ouvir vozes muito alteradas vindas da sala da Natty, corri até lá e abri a porta.
Oi Renato, bom dia! – Disse Natty já num tom normal de voz.
- Bom dia Renato! – Quase imediatamente Jaque também complementou.
- Bom dia, tudo bem com vocês? Desculpem-me a invasão, mas me assustei com os gritos.
- Tudo bem Renato, não se preocupe, acho que estou abalada ainda, não consigo me conformar por Jaque ter me deixado sozinha aqui com esse problema todo.
- NATTY! – Gritou Jaque a interrompendo e deixou a sala em seguida.
- Calma Natty, por que não descansa um pouco, vá para casa, tire uns dias de folga.
- Eu não posso Renato, são muitos compromissos, não posso deixar meus clientes na mão.
- Mas você precisa se ajudar antes de ajuda-los, não acha?
- Eu vou ficar bem Renato, obrigada. Você é um amor. Ao beijar-me no rosto pude sentir seu maravilhoso perfume muito de perto, seu abraço pareceu me fazer levitar. Acho que estou muito carente também.
Deixei a sala e fui procurar Jaque. Bati à porta.
- Entre.
- Com licença Jaque. Tens um minuto para mim?
- Claro Renato, por favor, sente-se.
- Obrigado. Jaque, está acontecendo mais alguma coisa, além da enorme tragédia que estamos vivendo? Eu quero ajudar, mas preciso saber o que está acontecendo.
- Fique tranquilo Renato, só a Natty que está um pouco descontrolada. Fui visitar meus pais em Nova Itápolis. Esqueci o carregador do meu celular, só fiquei sabendo ontem, o que eu podia fazer? Não entendo o que a Natty está descontando em mim. Não entendo. – E começou a chorar copiosamente. Levantei e segui em sua direção e ela levantou também e me abraçou forte, chorando muito. Talvez Natty estivesse se descontrolado pela frieza com que aparentemente Jaque havia recebido a notícia.
- Quem teve coragem de fazer isso com a Deise, Renato? Quem?
- Mas Jaque, não sabemos ainda a causa da morte, calma, vamos esperar os resultados das investigações.
- Sim, claro, quis dizer apenas como foi acontecer isso com ela, que horror, uma menina.
- Vou sugerir o mesmo que sugeri à Natty, tire uns dias para descansar, evitar ficar lembrando a cada segundo, faça isso.
- Não posso Renato, não posso deixar meus clientes na mão, é impossível, mas muito obrigada, você é um amor. – E a cena se repetiu, um beijo no rosto e um abraço maravilhoso.
- Qualquer coisa, me procure Jaque, por favor, estarei em minha sala.
- Obrigada Renato, procuro sim, bom trabalho.
- Obrigado.
No corredor, em direção à minha sala, encontrei Cláudia e outra garota vindo em minha direção.
- Bom dia!
- Bom dia Renato, eu estava lhe procurando, eu conversei com a Natty e ela pediu que você ficasse responsável pela seleção da pessoa que substituirá Deise.
- Tudo bem Claudia, sem problema. Depois você pode me passar o perfil do cargo, por favor?
- Passo sim Renato, mas você já pode entrevistar nossa primeira candidata? Esta é a Kelly, ela dividia o apartamento com a Deise.

sábado, 27 de abril de 2013

Party Of Fire-Episodio 06




Capítulo 06
Juliana tenta desvendar os mistérios do caso, encaixar as provas, mas seu quebra-cabeça parece estar longe do fim, muitas suspeitas. Era hora de ouvir o depoimento de Mariel, mas sua mãe veio junto para piorar a situação.
Juliana – E então, Mariel? Não precisa ficar nervosa, nada vai te acontecer, ok?
Mariel está em silêncio.
Juliana – Me diga, onde você estava, e com quem, quando começou o incêndio?
Mariel continua em silêncio.
Juliana – Pode me contar, está tudo bem. É só um depoimento, nada mais.
Karen – Você não tá vendo que minha filha não quer falar? Vamos, Mariel!
Juliana (grita) – Ela fica! Mauro, retire a senhora daqui.
  Mauro tira Karen da sala, que fica revoltada com a atitude dos policiais. Juliana continua com Mariel.
Juliana – Olha, eu sei que você está com medo, ok? Mas não precisa, eu vou te escutar e vou te entender, prometo ajudar você. Agora pode me contar.
Mariel (diz baixo) – Tudo bem.
Juliana – Onde estava na noite da festa?
Mariel – Com minhas amigas na cozinha, preparando mais drinks.
Juliana – Quem eram essas amigas?
Mariel – Andressa e Amanda, mas isso foi antes. Depois, eu fiquei com o Cláudio, foi quando ouvi os tiros.
Juliana – Você ouviu? Mas a música não estava alta?
Mariel – Sim, mas eu estava no quarto do lado quando começou o fogo.O quarto que Rodrigo estava, e que provavelmente tenha sido morto.
Juliana – Tudo bem, quer descansar e depois voltar, caso tenha mais algo a dizer?
Mariel – Posso pedir uma coisa?
Juliana – Claro.
Mariel – Não conte a minha mãe que eu estava namorando o Cláudio, ela não aceitaria, pois ele era irmão do Rodrigo e minha mãe não gostava do Rodrigo e de ninguém da família dele.
Juliana – Claro, querida. Encerramos nossa conversa aqui por enquanto, né? Mas, se precisar de algo, estou aqui, ok?
Mauro abre a porta e avisa Karen que o inquérito acabou.
Karen (entrando na sala) – Vamos, Mariel!
Mariel (para Juliana) – Obrigada.
Juliana sorri. Assim que as duas saem, Juliana chama Mauro,que fecha a porta.
Juliana – Mauro, a produtora não gostava da família do baleado. Mariel namorava escondido o menor Cláudio, que era irmão de Rodrigo. Karen não gostava de Rodrigo, mas por quê?
CONTINUA

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Encontros e Desencontros-Capitulo 06

CAP VI – O Mistério

A viagem foi muito longa, pois não havia músicas ou livros que fizessem com que minha cabeça tomasse outro rumo a não ser aquele trágico acontecimento. Eu bem que percebi sua feição diferente no dia anterior, mas nunca iria imaginar que logo mais isso aconteceria, na verdade, será que teve algo a ver? Será que ela já imaginava que isso iria acontecer? E se eu tivesse me importado mais em perguntar o que estava acontecendo? Fiquei tão entusiasmado com a ideia de visitar minha família, que acabei deixando de lado um comentário cotidiano que poderia mudar toda uma vida, talvez.
Ao chegar de Porto Seco, fui direto para a clínica, a fim de encontrar Natty, alguns investigadores e um tumulto imenso. 
Surpreendi-me ao perceber que a clínica estava totalmente silenciosa e fechada. Ainda não tinha as chaves, fiquei rodeando por fora, mas nenhum movimento sequer. 
- Natty, onde você está? Acabei de chegar na cidade.
- Oi Renato, estou na delegacia. Você sabe onde fica? – Sua voz estava trêmula, e ao mesmo tempo tranquila.
- Não, mas vou descobrir, não deve ser muito difícil, logo estarei aí.
Não desperdicei tempo, passei no albergue, deixei minha pequena bolsa de roupas e logo acionei o GPS do meu celular para encontrar a delegacia da cidade. Por sorte não foi difícil, ficava há quinze minutos dali onde eu estava hospedado. Caminhei com passos largos, olhando apenas para o celular e pensando o que fazer a hora que chegasse lá, não saberia como agir diante dessa situação, consolando pessoas que havia conhecido há uma semana exatamente. 
- Oi Natty, como você está? – Ao perguntar isso, abracei-a afetuosamente e senti um calor agradecido em seu abraço.
- Renato, eu não sei o que aconteceu. Como ela caiu lá? Não consigo contato com os familiares dela, por isso estou tão desesperada.
- Acalme-se Natty, nós vamos dar um jeito. – Falei aquilo para acalmá-la, pois se ela não sabia como encontrá-los, como eu saberia? Estava começando a me preocupar também, mas não deixei transparecer, eu precisava ser o apoio naquela hora.
- Onde está Jaque? Perguntei na esperança de ela responder que ela já estava resolvendo algo, pelo menos o funeral.
- Eu não consegui falar com ela, foi viajar também.Deixei um e-mail, mas sei que não vai ler, por isso liguei para você, não sabia mais a quem recorrer. – A cada frase dita, ela segurava ainda mais forte meu braço, como se estivesse com medo que eu saísse dali, porém, eu não sairia jamais. Percebi que o psicológico dos psicólogos não era exatamente como eu imaginava. Eles também desabam um dia, e um simples contador seria o suficiente para dar-lhe segurança. Senti-me importante, valorizado, lembrei-me de Laura, e a decepção começou a florescer novamente dentro de mim ao perceber que o valor dado não era o mesmo recebido. 
O investigador se aproxima com indiferença, falando conosco e olhando apenas para a prancheta em suas mãos.
- Qual a ligação de vocês com a vítima?
- Somos colegas de trabalho, não conseguimos contato com a sua família. – Respondo logo, afastando Natty desse transtorno.
- Ótimo. Então vocês a conheciam muito bem. Acompanhem-me para um interrogatório. – E logo seguiu caminhando, esperando que o seguíssemos.
- Vamos lá. – Disse olhando afetuosamente para os olhos de Natty, e só então percebi que ainda estava segurando a sua mão. Ela retornou o olhar suplicando por segurança, e eu só pensava nisso, em ser realmente essa figura importante na vida de alguém, já que na vida de Laura, eu estava sendo substituído.
- Então, vocês trabalhavam há quanto tempo com Deise? – O investigador era direto, mas eu já não esperava tratamento muito diferente mesmo. Pude ler em seu uniforme o bordado escrito Tavares.
- Eu trabalho há uma semana, mas Natty... Bem, há quanto tempo vocês trabalhavam juntas? – Só então percebi que não conhecia o passado da empresa em que eu estava trabalhando.
- Gostaria de lembrar que sou eu quem faz as perguntas e vocês respondem, autorizei o interrogatório dos dois juntos, porém, você não precisa repetir, acho que a moça entendeu o que perguntei. – Além de direto, era um sujeito grosso e bufava a cada pergunta feita e a cada resposta recebida, como se aquele papel não fosse dele, como se tivessem o atirado em um sacrifício.
-Eu trabalho há três anos. Contratei-a quando completou 18 anos, ela era uma pessoa responsável, tímida, amorosa...
-Por favor, responda somente o que for perguntado. – O investigador interrompe. – Ultimamente ela havia adotado algum comportamento estranho? Fora de sua personalidade cotidiana, alguma atitude diferente, alguma palavra, algum amigo diferente?
- Eu não notei. Não era ligada a sua vida fora da empresa, não sabia se estava com amigos diferentes, mas o seu agir dentro da empresa estava normal, pelo o que percebi. Você notou algo Renato? – Ela me perguntou e logo se assustou consigo mesma ao me interrogar, o investigador Tavares revirou os olhos e escrevia coisas que só ele conseguiria ler depois. Ignorei sua pergunta, deixei que ele a fizesse para não piorar a situação.
- Faço a mesma pergunta a você. – Ele disse para mim, sem ao menos levantar os olhos do papel.
- Na sexta-feira à tarde eu notei algo diferente, tivemos uma conversa profissional, porém, senti que ela não estava aberta para conversar. Sem insistir, eu ignorei sua mudança de estado. O senhor acha que tem alguma coisa a ver? – Por força do hábito também fiz um questionamento, e logo implorei para que ele não tivesse ouvido. Por sorte ele fingiu que não ouviu.
- Peço para que os dois se retirem, irei fazer algumas investigações no local e interrogar outras pessoas que possam estar envolvidas. Até mais ver, entro em contato com vocês.
- Quem mais poderia estar envolvido? – Natty pergunta por trás de mim. Sinto que ela não terá resposta para essa pergunta tão interessante, então a abraçoe a guio comigo até a saída da delegacia.
- Vamos cuidar do funeral. Você já foi olhar algo?
- Meu Deus Renato, me ajude. Eu esqueci completamente. Vamos até o necrotério.
O lugar não era nada agradável, como esperado, mas agi de forma cautelosa e muito madura, apesar de nunca ter passado por nenhuma situação parecida, exceto quando minha avó morreu, mas eu era novo, não conhecia e não tinha interesse naquele lugar, por isso fiquei no pátio que havia lá fora, brincando com meus primos, como pude? Será que João agiria assim? Acho que não, as crianças hoje em dia estão com um amadurecimento precoce fora do normal, como se fossem máquinas que os cientistas vão aperfeiçoando com o tempo.
Teve algumas burocracias para que pudéssemos reconhecer o corpo e dar entrada para um funeral. 
- Renato, estou com medo, precisamos mesmo fazer esse reconhecimento? 
- Precisamos sim, sem isso não poderemos tirar o corpo para o funeral que devemos fazer. Se você quiser, eu posso ir lá.
- Por favor, prefiro que vá. Não vou conseguir vê-la nesse estado. Será que demora?
- Acredito que não. Você me espera aqui? Já retorno.
Os processos esterilizantes para entrar na sala eram básicos. Havia apenas um corpo naquela sala, segundo eles, de Deise. Eu não tinha um contato emocional com ela tão grande, quanto Natty, por isso estava sentindo apenas um desconforto e um nó na garganta ao lembrar que não havia nenhum familiar por perto para reconhecer, lamentar ou desejar que aquela vida voltasse.
Hesitei algumas vezes antes de retirar o tecido que cobria seu corpo, não sabia o que iria ver, pois não relataram como encontraram o corpo. Forcei a mente para lembrar apenas de seu rosto tímido e olhar atencioso que demonstrava competência. Será que o que eu veria ali seria apenas um casco sem alma? Será que não conseguiria ver por trás sua alma e permanecer com a lembrança de sua vida? Não tinha mais como escapar, lembrei de Natty na sala de espera e retirei bruscamente o tecido de seu rosto até o inicio dos seios.
Quem era aquela pessoa e o que haviam feito com Deise? O rosto estava completamente desfigurado, mas era ela, eu tinha certeza. Não sei por qual feição, forma ou sinal. Mas com certeza era.

sábado, 20 de abril de 2013

Party Of Fire- Episodio 05



Capítulo 05
  Os envolvidos no incêndio estavam muito nervosos com a investigação da polícia, já havia se passado quatro dias após o incidente daquela casa. Mas quem estava muito mais nervosa com a investigação era Karen,mãe de Mariel, uma das garotas sobreviventes que ainda não tinha se recuperado do choque. Então Karen, que é uma mulher muito poderosa e famosa, foi ate a delegacia naquele dia. Ela entrou com tudo, já exigindo satisfações e ordenando que a delegada arquivasse o caso.
Karen – Sou uma mulher muito importante na sociedade, não posso estar em meio a um escândalo, minha filha não pode estar no meio disto.
Juliana – Impossível! Como estava na festa, Mariel é sim uma peça chave para este quebra-cabeça.
Karen – Que quebra-cabeça? Você está louca?
Juliana – Me admira a senhora,uma mãe, não querer justiça neste caso. Tentaram matar sua filha, não se lembra disso? Tudo indica que o incêndio não foi acidental.
Karen – Deixa que Deus cuide de penalizar o bruto que fez isso. Não interfira na vida destas sete vítimas.
Juliana – Estou começando a acreditar que você possa ser uma suspeita. Por que não quer que descubram o assassino?
Karen – Sou uma mulher importante, como já disse, e não quero que minha filha se envolva com escândalos policiais!
Juliana – Sinto te informar, mas vou continuar com este caso até o fim. E agora, mais do que nunca, quero ver sua filha aqui, amanhã cedo, para prestar depoimento. E se ela não aparecer, a senhora se responsabilizará por isso.
Karen – Que fique claro: você encontrou uma inimiga!
Juliana – Claro como água.
  Juliana não teve medo. Para ela, apenas ficou claro que Karen sabia quem era o assassino e queria protegê-lo.Seria Mariel?


segunda-feira, 15 de abril de 2013

Encontros e Desencontros-Capitulo 05



CAP V – Laura
 Um ruído de carro parando à porta. Passam das 02:00h. e ainda estou em estado de choque sentado em nosso sofá que pretendíamos reformar um dia. Muito confortável, mas o tecido que atualmente o cobre está se desintegrando. Ouço passos e chaves. Vozes sussurradas que não consigo identificar e Laura surge, seguida por ele, segurando João nos braços, aparentemente dormindo. Ao me ver, Laura corre em minha direção e me abraça.
 - Re, por que não me avisou?
- O que está acontecendo Laura?
- Levei o João ao Hospital, estava com quase 40º de febre.
- E por que não me falou quando liguei?
- Re, não queria que se preocupasse, já estava medicado e quase voltando para casa.
- Laura, o que ele está fazendo aqui, com nosso filho no colo? – Tiago, seu antigo namorado, seu atual patrão, acabara de subir as escadas levando João até o quarto, deduzo. Ele sabe onde fica o quarto? Prefiro não perguntar.
- Renato, por favor, o João está doente e eu precisava pedir ajuda a alguém.
- Lalá, o deixei sobre sua cama. Estou indo então.
- Tiago, muito obrigada por vir. Eu não saberia o que fazer, estava apavorada. Muito obrigada, de coração.
- Deixe disso Lalá, pode sempre contar comigo. Até amanhã então. Tchau Renato.
- Tchau – respondi secamente. Nem me cumprimentou, não precisava se incomodar com uma despedida.
Laura fechou a porta e virou-se para mim.
- Aconteceu alguma coisa Re? E o seu emprego?
- Laura, eu que estou querendo saber. O que está acontecendo? Esse cara já conhecia o nosso quarto?
- Deixe de bobagem Renato, parece coisa de criança, que coisa sem sentido.
- Por favor Laura, me conte desde o início, emprego, babá, passeios noturnos, pode ser?
- Renato, são quase três horas da manhã, eu levanto muito cedo, podemos dormir e conversarmos amanhã? Eu estarei de folga à tarde, tudo bem?
- Laura, não vou conseguir dormir depois de tudo isso, enquanto eu não compreender o que está acontecendo, você decidiu me ENLOUQUECER? É ISSO?
- Renato, não está acontecendo nada, você abandonou sua casa e eu estou tentando me virar, amanhã conversamos. – Ela deixou a sala e subiu as escadas.
- Até amanhã Laura, dormirei na cama do João, não o acorde.
Acordei assustado, com vozes lá embaixo, mas quem? Parece que acabei de deitar. Levantei e corri até o alto da escada para dar uma espiada. Mal o avistei e já desci gritando, insultando, cego de ódio.
- DESAPAREÇA DA MINHA CASA, AGORA!
Ele tentou recuar, mas eu já o havia acertado e o derrubado com um soco na altura do supercilio direito. Laura, aos gritos, suplicava que parássemos, mas ele levantou e partiu em minha direção. Esquivei-me da tentativa dele me acertar e contra golpeei com mais intensidade ainda, o derrubando novamente.
- TIRA ESSE CARA DA MINHA FRENTE. – Gritei, dei as costas e retornei em direção ao quarto.
 Cinco minutos depois, Laura abriu a porta do quarto do João.
- Parece que você enlouqueceu mesmo, hein Renato?
 - Sim, provavelmente, eu chego de viagem e minha esposa está com outro cara, acordo e ela está com ele novamente, o que mais falta? Ele dorme aqui também?
- Não seja ridículo Renato, você perdeu a sanidade realmente.
- Laura, o termo mais apropriado é corno, não louco.
- Tchau Renato.
- Pai? – João chegou à porta do quarto e correu para meus braços.
Permanecemos abraçados por minutos e brincando em seu quarto por pelo menos duas horas. Eu precisava disso, não estava mais aguentando a pressão. Ele ainda reclamava de uma dor de garganta, mas parecia estar bem, sem febre pelo menos.
- Pai, hoje não vou ficar com a Érica?
- Não, hoje você é só meu.
Um sorriso largo brotou em seu rosto.
- Você não gosta de ficar com a Érica?
- Gosto, ela é bem legal, mas ela não brinca tanto comigo.
- E o patrão da mamãe? Você conhece?
- Não papai, só conheço a Érica e o Ti.
O sangue ferveu novamente, mas resolvi levar adiante.
- Quem é o Ti?
- Um amigo da mamãe, ele também gosta de brincar.
- Ele vem sempre aqui? – Perguntei, morrendo de medo da resposta.
- Só quando está chovendo.
- Como assim João?
- Quando estava chovendo ele me buscou e a Érica no colégio, daí veio brincar comigo. O carro dele é bem lindo.
Troquei de assunto para me acalmar, que loucura, parece que minha vida virou pelo avesso. Cheguei para dar a melhor notícia dos últimos anos e nem dos papéis do plano de saúde eu lembrei.
Laura chegou logo depois do meio-dia. Eu a esperava no sofá da sala.
 - Podemos conversar agora Laura?
- Não sei, se você não estiver pensando em sair no soco comigo também.
- Laura, sem ironias, por favor. Não precisamos disso agora.
- Renato, pela última vez, eu consegui um emprego para nossa segurança e por minha autoestima. O Tiago sempre será um ex-namorado de infância, hoje apenas um amigo e meu patrão. O João teve febre muito alta, eu não sabia o que fazer e liguei para ele, que nos levou ao hospital. Passou hoje por aqui apenas para ver como o João estava, só isso.
- Laura, por favor, deixe esse emprego e se afaste desse cara. Não vou mais discutir, é só um pedido. Trouxe esses papéis para você assinar, são do plano de saúde. Agora temos um plano de saúde, sabia?
- Que bom Re, parece um sonho.
- Logo levarei vocês Laura, vou procurar um apartamento legal e venho busca-los.
- Re, ainda não conversamos sobre isso, por favor, não tome nenhuma decisão sem conversarmos primeiro.
- Achei que estivéssemos conversando.
- Não, você está me comunicando, é bem diferente. Eu não tenho certeza se quero uma vida na cidade grande, se é melhor para o João, não sei, preciso pensar, precisamos conversar, entendeu?
- Tenho a nítida sensação que deixei uma outra Laura aqui, um mês atrás.
- Tens razão Renato, tens toda razão.
Neste momento meu celular tocou, número da clínica no visor.
- Renato, onde você está?
Reconheci a voz aveludada, porém apavorada agora, da Natty imediatamente.
- Em Porto Seco, algum problema?
- Renato, uma tragédia, você já pode voltar?
 - Eu chego amanhã à tarde, mas o que houve?
- A Deise está morta Renato, caiu no fosso do elevador, não acredito, volte logo, por favor, por favor...
- Natty, calma, fique calma, vou tentar antecipar a passagem, mas não sei se será possível.
- Preciso de você Renato, venha logo, por favor! – Ela chorava ao telefone.
- Vou verificar a antecipação da passagem e retorno. Fique tranquila Natty. Até logo.
-O que houve Re?
- A secretária da clínica caiu no fosso do elevador.
- Meu Deus, que horror.
- Pois é, uma das proprietárias me ligou agora pedindo que eu voltasse o mais rápido possível. Vou até à rodoviária tentar antecipar minha passagem.
- Tudo bem Re, me ligue assim que chegar lá.
- Pense em minha ideia Laura, quero que fiquemos todos juntos.
Um beijo e parti novamente.

domingo, 14 de abril de 2013

Party Of Fire em Pausa



Galera devem ter percebido que a web Party Of Fire não teve episodios publicados nas ultimas duas semanas, pois estavamos com um problema de elenco, e tambem um pouco focados no video de abertura, bom mas nesta sexta a web volta com tudo, só não demos uma explicação antes pois realmente estavamos oculpados.

A web Party Of Fire volta no dia 20/04 as 20:00 hrs aqui no Blog

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Graças a Chuva-ULTIMO CAPITULO





O Reencontro
Angel estava esperando um taxi com sua amiga enfrente ao cursinho. Maria Cristina, sua amiga, estava “louca” para chegar em casa – que nada, queria era ir de ônibus para que Angel se encontrasse com Théo.
- Amiga, melhor nos irmos de ônibus por que esse taxi vai demorar e vamos nos atrasar.
Elas, ao saírem do cursinho, iam nafestinha de uma amiga de Mª Cristina. Não era sempre Angel saia, queria “esquecer” de Théo. Ela tinha ficado mesmo encantada com ele, tinha se tornado algo muito especial para ela, e com certeza para ele. De alguma forma, Angel tinha mexido com ele. Nunca tinha sentido algo parecido antes. Para ele também foi especial, não tinha como esquecer facilmente.
- Haha!Olha lá o taxi – Mª Cristina entrou no taxi emburrada – Vamos para a festa! Uhuuu!
Na festa, Angel não ficou muito a vontade, só conhecia Mª Cristina – mal ela sabia o que o destino esta preparando para ela.
- Amiga, vamos embora? – Disse Angel.
- Não faz à tímida. Ai vamos se anima. Vem, vamos pegar umas bebidas.
Elas foram até o lugar onde estava servindo as bebida. Ela olhou de canto para o lado e quem ela vê? Théo. Foi uma surpresa para ela, ela não tinha visto ela – sorte ou azar?
- Ai meu Deus, agora temos que ir embora mesmo.
- Por quê?
- Ali – Ela meio que aponta para ele.
- O que tem aquele gato? Não vai me dizer que ele é o...
- É.
- Amiga, vamos lá falar com ele.
- Não!
- Se você não vai eu vou.
- Não espera Cris – Cristina deu os ombros e foi em direção a Théo. Angel toda envergonhada ficou de costas não esperava que sua amiga fosse fazer isso.
- Oi, você é o Théo? – Cristina pergunta para seu amigo, Bernardo.
- Não, Théo sou eu. Em que posso lhe servir? A gente pode ir para um lugar mais reservado.
- Não, não. Minha amiga ali – Ela aponta para Angel - queria te rever.
- Cara, ela é a tal de Angelina? Maluco se deu bem.
Théo sem dizer nada foi em direção a ela. Nem acreditava que estava a vendo novamente. Era como um sonho.
- Angel – O nome dela soou em um tom calmo e alegre de sua boca.
- Théo – Ela virou e ficou frente a frente com ele. Revê-lo foi a melhor coisa que aconteceu com ele nesses últimos dias, exceto passar a noite com ele – Como você esta? Já abrigou quantas depois de mim? – Um sorriso surgiu nos seus rostos.
- Não, você foi à primeira... E quem sabe a ultima.
- O que você quer dizer com isso?
- Dizer que depois daquela noite, daquele beijo eu não paro de pensar em você - Nesta instante sua amiga os interrompeu.
- Ela também não. Negava, mais a cada duas palavras que ela falava, dez era o seu nome.
- Cris!
- O que?
- Melhor nos irmos a um lugar mais reservado.
- Vem eu conheço um lugar.
Eles foram para o terraço da casa.
- Nossa aqui é lindo.
- Como você.
- Théo olha, eu...
- Não, não fala nada só me escuta. Eu não paro de pensar em você, isso nunca aconteceu comigo. Não sou de acreditar em amor a primeira vista mais eu acho que é o que aconteceu, pelo menos comigo. E com você?
- Tenho que confessar que – ela chegou mais perto, passou seu braço ao redor do pescoço dele – eu acredito muito nisso. Amor a primeira vista.
- Então...
- Então, acho que a gente deve tentar.
- Serio? Você e eu, eu e você, nos dois?
- É.
Théo segurou o rosto de Angel e a beijou. Neste momento começou a tocar uma musica bem romântica e eles começaram a dançar. Ela encostou a cabeça no ombro dele. Nem perceberam que gostas de chova começa a cair – que isso em destino?! – Eles olharam para o céu e começaram a rir. A chuva ficou mais forte, eles não deram importância alguma. Estavam dançando apaixonadamente, como se conheceram. Graças a chuva.


FIM
Por:
Eduardo Oliveira

Abertura Graças a Chuva

Galera, como em todas as web novelas, o video de apresentação da web esta pronto, uma vinheta de abertura, Produzida pelo Hibrida,  a web novela do autor Eduardo Oliveira, que conta  a historia, de um amor a primeira vista, entre Theo e Angel, O video foi Gravado em um sitio na cidade de Cocal do Sul SC, com a atriz Thay Berto, agradeço a todos os apoios e ajudas.
 ASSISTAM O VIDEO DE ABERTURA E SE APAIXONE:

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Encontros e Desencontros- Capitulo 04



CAP IV – A Visita

            O que está acontecendo com a Laura? Como posso ficar tranquilo dessa forma? Ela está diferente, sinto isso, que vontade repentina é essa de trabalhar? Evito pensar, mas logo naquele lugar?
            Gostaria, mas não conseguia fingir que nada havia acontecido e que nada havia mudado, por isso resolvi ocupar minha cabeça com outras coisas que não fossem essas situações enigmáticas que estavam acontecendo longe do meu olhar. Preocupava-me muito com João, pois há dias não conversava com ele, mas será que ele sentia a falta de falar comigo?
            - Renato, a nossa empresa oferece plano de saúde para filhos e cônjuges. Percebi em seu cadastro que o senhor tem um filho de oito anos e uma esposa. O senhor tem interesse? – Deise entrou em minha sala sem bater e nem cumprimentar. Achei estranho, mas ignorei, talvez hoje não seja o dia dela.
            - Tenho interesse sim, Deise! Quais são os valores, as datas e as carências? – Eu nem queria saber nada sobre, mas resolvi puxar assunto para aos poucos ir descobrindo o que havia acontecido.
            - Eu imaginei que teria interesse. Aqui está a ficha de cadastro. O único problema é que sua esposa teria que assinar a ficha com seus dados. Você pode enviar pelo correio, isso demoraria alguns dias e eles teriam carência para alguns exames. Ou você poderia tirar o final de semana e ir até lá. – Ela estava começando a soltar um sorriso, mas percebi que era apenas o sorriso mecânico que uma recepcionista deveria ter.
            - É uma ótima idéia. Vou providenciar isso neste final de semana.
            - Tudo bem, aqui estão as fichas. Obrigada.  – Ela colocou os papéis em cima da minha mesa e saiu fechando a porta cuidadosamente. Fiquei curioso, e não era só coisa da minha cabeça.
            Apesar de estar sentido com Laura, a história de ir até lá visitá-los nem que fosse por um dia, me deixou animado. Peguei o telefone para ligar para ela, mas não o fiz. Passou-me na hora a idéia de preparar uma surpresa. Ela sempre adorou surpresas. Com certeza vou ter que fazer essa surpresa para ela.
            Aquela tarde de sexta-feira se arrastava em horas, providenciei tudo o que precisava, agendei horários e só me restava esperar que chegasse 17:48 h. e eu pudesse ir direto para a rodoviária encaminhar-me para cinco horas de viagem. Chegaria tarde da noite, mas ainda assim no sábado de manhã poderia acordar ao lado daquele perfume natural que só ela tem.
            - Oi Renato, como está lidando com as novas tarefas? Você sabe que qualquer coisa pode contar conosco, menos em relação a contas, por favor. – Disse Natty adentrando em minha sala igual à Deise, porém com um sorriso extremamente verdadeiro.
            - Estou me adaptando aos poucos. Deise veio me falar sobre o plano de saúde. Vou aderir e no final de semana irei visitar minha família para que Laura possa assinar a documentação. – Não contive a minha felicidade em relação ao meu final de semana e fui logo contando a ela, sem nem saber qual seria sua reação. Arrependi-me.
            - Por que você não envia isso pelo correio? – Ela parecia um pouco surpresa e arrisco dizer que senti um olhar decepcionado.
            - Quero fazer uma surpresa para eles. – Falei aquilo tentando convencê-la da importância que tinha eu ir atrás da minha família, mas ela apenas fixou o olhar para mim, e com aquele olhar demonstrou que achava tudo aquilo um grande absurdo.
            Enfim chegou 17:48h. e pude encaminhar-me para a rodoviária, onde iria comprar a passagem e em algumas horas estaria perto de Laura e João.
            O ônibus saiu exatamente as 18:15h. e eu não estava cabendo em mim de ansiedade. Estava me sentindo um adolescente distraindo-me com um fone de ouvido para não cair em tentação e ligar para Laura. Definitivamente eu estava no meu limite financeiro, mas valeria a pena tudo isso para ver a minha família. No meio do caminho até pensei no que diria naa hora que os visse, das novidades que teria que contar e no pedido que faria a eles: “Será que eles viriam morar comigo?” Melhor não pensar nisso agora, em breve conversaremos. Peguei no sono. Viagem longa, ansiedade eterna.
            No sonho,Natty vinha em minha direção na rodoviária, me impedindo de ir comprar a passagem, não conseguia ouvi-la, o sonho era silencioso, mas conseguia ver o seu rosto, com um olhar sedutor me puxando para o caminho oposto. Eu tentava gritar, mas a voz não saía, ela tentava me dizer alguma coisa, mas também nada saía. Com o passar da nossa “luta” ela foi adotando uma feição raivosa e decepcionada, um pouco mais grave que aquela de horas atrás. Eu não me importei, forcei-a para longe de mim e encaminhei-me para o posto de compra de passagens. “Que diabos ela estava tentando fazer? Eu quero ver a minha família.” Foi nisso que pensei e nada mais.
            Acordei com o peso do sonho e percebi que já havia sentado alguém ao meu lado. Uma senhora de idade que mexia em uma fotografia. Senti um alivio no peito, acho que ela também estava indo visitar a sua família. Comecei a pensar no sonho, sempre tive essa mania de querer desvendar o que se passava em minha cabeça enquanto eu dormia, sempre tentei buscar significados por trás dos acontecimentos mirabolantes que se passavam em minha cabeça na hora do sono. Por que Natty estava querendo me impedir de ver minha família? Será um aviso? Difícil acreditar, melhor esquecer isso e focar no caminho.      Avisto a janela e percebo que faltam apenas alguns minutos, já estou em Porto Seco. Já sinto cheiro de casa, cheiro de Laura, já vejo o João deitado em sua cama em um sono tão leve e eu contendo minha excitação para abraçar meu filho.
            Enfim parei uma rua a frente da minha casa, com apenas uma bolsa de roupa e as chaves de casa nas mãos vou encaminhando para o meu portão. Abro-o com cuidado, não quero assustá-los, apenas fazer uma surpresa às onze horas da noite. Com o mesmo cuidado, abro a porta de entrada que dá para a cozinha, a casa está com o cheiro de Laura. Não consigo conter o sorriso e meu coração pulsa de felicidade e ousadia a invadir a minha própria casa. Sigo direto para o nosso quarto para que possa vê-la primeiro e depois ver o que ela acha de chamarmos o João.  A porta está fechada, acho estranho, e ao mesmo tempo ainda melhor para poder me preparar para tal surpresa.
            Realmente foi uma grande surpresa ao abrir a porta e ver que Laura não estava em nosso quarto, meu sorriso se transformou em frustração, mas logo foi resgatado por um fio de esperança que me encaminhava até o quarto de João.  Mais um tapa levei ao ver o quarto do João vazio, não sabia se ligava, ou se ia até a casa de dona Regina. Era tarde, e já não tínhamos um relacionamento tão amigável. Liguei para o celular de Laura, infelizmente iria estragar a surpresa.
            As chamadas eram eternas, mas felizmente do outro lado da linha ela atendeu.
            - Alô?
            - Oi meu amor, tudo bem? – Tive que manter a calma antes de julgar qualquer coisa.
            - Tudo certo. Renato, não está tarde? Já estou deitada. – Senti um nó se formando em meu peito, mas precisava manter o autocontrole.
            - Desculpe acordá-la. Como está o João?
            - Está deitado também. Podemos conversar amanhã pela manhã? Estou com sono.
            - Tudo bem. Até. – Não esperei ela responder e desliguei. Não sei como consegui ouvir aquelas mentiras e não falar nada. Onde será que ela está? Por que está mentindo para mim? Passou-me um pensamento terrível pela cabeça ao perceber que Natty estava certa, que eu gastei minhas ultimas economias para saciar a saudade de quem não estava com nem um pouco de saudades minhas. Mas e se eu tivesse enviado pelo correio? Até quando isso iria durar?
            Não iria conseguir dormir, não tinha idéia de onde ela estava, pensei em ligar para Natty, mas para quê? Não estava sentindo orgulho algum em contar aquilo para alguém. Deitei-me no sofá, não consegui mais olhar para nosso quarto vazio. Com o olhar fixo para o teto, fiquei pensando em tudo o que construímos e onde tudo isso iria parar. Será que errado fui eu? Eu só estava querendo sustentá-los. “Laura, onde está você e nosso filho?”

Ensaio Fotografico com Jonatas João Correa












quinta-feira, 4 de abril de 2013

Primeiro Encontro Musical na Pizzaria Nó de Pinho


Aconteceu no dia, 24 de março, o Primeiro Encontro Musical na Pizzaria Nó de Pinho que fica em Cocal do Sul, SC.Fui ao local gravar alguns videos e fazer algumas fotos dos convidados, que mostraram seu talento cantando, foi um sucesso, então como o blog é para divulgar talentos artísticos, resolvi deixar aqui um video de uma dupla que se apresentou, todos foram muitos bons, e se quiserem ver outros cantores CLIQUE AQUI
O facebook da Pizzaria fique por dentro das novidades e até a proxima divulgação

                              

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Graças a Chuva-Capitulo 07



15 Dias.

Quinze dias se passaram Théo não pensava em outra coisa a não ser em Angelina. Todos os dias ele olhava para a ponte de ônibus esperando que vê-la novamente, mas agora ela ia de taxi. Toda a vez que ela entrava no taxi, era inevitável não se lembrar dele.
Théo estava na cozinha, eram 12h33min. Seu amigo estava com ele. Fazia alguma coisa na cozinha, era inevitável não pensar nela.
- Eai cara. esta bem?
-Ah? To, to, tosim.
- Te conheço não é de hoje. É aquela garota que dormiu aqui né.
- Pior que é.
Angel desconversava. Não queria tocar nesse assunto. Achava o que fizera errado e ao mesmo tempo certo. CERTO? Dormir na casa de um estranho é algo certa a se fazer?
- Amiga você esta bem? O que houve?
- Nada haver! Estou ótima. Perfeitamente bem...
- hm, desde que você fez a loucura de passar a noite na casa desse tal de... Qual é o nome dele mesmo?
- Théo. O nome dele é Théo.
- Isso, desde que passou a noite na casa dele você esta longe, olha fixamente para o tempo.
- O que você quer dizer com isso?
- Você esta gamada nesse cara.
- What’s? Você pirou? Nunca eu nem o conheço. Só sei o nome dele, onde ele mora, onde trabalha, a cor do cabelo, o gosto do beijo...
- Ahhh, então teve beijo né danadinha. Por que não me contou?
- Ai amiga, foi tão... perfeito. Mas como eu não vou vê-lo nunca mais, esquecer né?!
- Tem certeza que não vai vê-lo mais?
- Claro.
- Somos amigas desde a segunda série. Te conheço. Esta apaixonada.
- Será?