segunda-feira, 27 de maio de 2013

Encontros e Desencontros-Capitulo 011


CAP XI – Aproximação

- Confeitaria Imperial, bom dia!
- Laura, você me ligou? Algum problema?
- Renato, calma, por favor? Quantas vezes preciso pedir para você não ligar para meu trabalho?
- Laura, fiquei preocupado e você não atende o celular. Não tive escolha.
- Não aconteceu nada Renato, eu apenas liguei para saber se está tudo bem.
- Está tudo bem Laura, só estou ansioso por sua resposta. Quero vocês aqui comigo.
- Você já encontrou apartamento?
- Já visitei um, mas não gostei. No intervalo do almoço pretendo ver mais dois hoje. Você virá então?
- Re, nós precisamos conversar, mas não agora, preciso desligar. Você não consegue vir até aqui? Depois nos falamos. Beijo.
Desligou. Acho que já estou me acostumando, nem estranho mais. Essa situação está ficando insuportável.
- Kelly, por favor, agende uma reunião com Claudia em minha sala.
- Pois não Seu Renato. Qual a pauta?
- Assuntos administrativos. – Ontem à noite, só Renato, agora novamente Seu Renato. Um exemplo de profissional. Há dias, apavorada com o acidente com Deise, hoje a mais eficiente profissional. Não consigo engolir essa mudança radical.
- Seu Renato, em dez minutos ela irá até sua sala.
- Obrigado Kelly.
- Disponha.
Saí da sala para ir até a cozinha buscar algumas garrafas de água com gás para abastecer meu frigobar, mas parei antes de chegar à recepção ao ouvir algumas vozes, uma aliás, além da Kelly. Alguém pedia que ela entregasse um molho de chaves à Jaque. O lavador, é claro. Segui em frente, chegando à recepção e surpreendendo com a ilustre presença.
- Bom dia Renato.
- Sr. Rubens, como está? Algum problema?
- Tudo bem, obrigado. Problema algum, passei para conversar com a Dra. Natty, porém parece que ela não possui agenda disponível, voltarei mais tarde.
- Certo, fique à vontade, por favor. Tenho uma reunião agora, com sua licença.
- Pois não, sinta-se em casa.
Essa arrogância desse investigador me causa ânsia de vômito. Não creio ter me enganado, era a voz dele. O que esse cara fazia com o carro de Jaque? Parece termos algo muito maior por aqui do que possamos imaginar.
- Olá Claudia, bom dia.
- Bom dia Renato, como posso ajuda-lo?
- Sente-se, por favor, Claudia. Eu gostaria de maiores detalhes sobre a contratação da Kelly, na realidade.
- Tudo que aconteceu eu já contei para Natty ontem, você já sabe.
- Claudia, mas tem algo muito estranho nessa contratação, eu havia lhe dado minha impressão sobre ela.
- Sim, mas você não se mostrou totalmente contra, além do que a Jaque me exigiu que resolvesse logo. Não tinha outra candidata Renato, por favor, me entenda. – Vi seus olhos encherem-se de lágrimas.
- Tudo bem Claudia, não fique assim, é só implicância minha mesmo. Desculpe-me por favor, assunto encerrado.
- Você precisa de mais alguma coisa?
- Sim, por favor, você sabe me dizer se Jaque já conhecia Kelly?
- Sim, claro, a Kelly é prima do Márcio, o marido de Jaque.
- Bem, desculpe-me mesmo Claudia e muito obrigado por sua atenção. Você pode ir.
- Com licença Renato. Bom trabalho.
- Obrigado. Igualmente Claudia.
Primos? Por quê? Por que essa informação não parece querer ser exposta? Preciso colocar as ideias em ordem. Tudo está ficando cada vez mais confuso. Antes disso, preciso tirar mais coisa a limpo.
- Kelly, por favor, você pode vir até minha sala?
- Pois não Seu Renato, um minuto só.
O telefone chamando.
- Alô.
- Renato, almoçamos juntos?
- Natty, desculpe-me, me comprometi a ver os dois apartamentos que estou com as chaves no intervalo do almoço. Fiquei de devolvê-las ainda hoje.
- Posso acompanha-lo?
- Claro Natty, pode sim, será um prazer. 12h?
- Combinado. Beijo.
- Beijo.
Onde está essa menina? Peguei o telefone novamente, quando bateu à porta e entrou.
- Com licença Seu Renato.
- Kelly, por favor, só Renato, da mesma forma que já me chamasse algumas vezes.
- Não entendi.
- Kelly, quem não está entendendo sou eu. Você pode me explicar? Você me encontra à noite, com um disfarce, no meio da rua, demonstrando estar com medo de tudo e de todos, de repente te encontro trabalhando no lugar de sua colega de quarto como se nada houvesse acontecido?
- Renato, eu estava assustada. Apavorada era a palavra certa. Deise tinha acabado de ser encontrada no fosso de um elevador. Como você estaria? – E as lágrimas começaram a rolar por seu rosto.
- Kelly, qual sua relação com Jaque?
- Nunca fomos muito próximas, mas sou prima do Márcio, seu marido.
- Entendo, mas por que não me contou isso na entrevista?
- Renato, eu não queria ser selecionada por ser parente de uma das proprietárias.
- Ok Kelly, pode ir, obrigado.
- Com licença.
Passei o restante da manhã tentando encontrar um fio solto nesse emaranhado misterioso e anotando todos os fatos considerados importantes ou não na minha visão. Uma moça aparece no fundo do poço do elevador, sua colega de quarto surge no meio da noite apavorada com o que podem ter feito com a amiga, as duas sócias amigas de séculos começam a se desentender do nada, de uma hora para outra. Um arrogante investigador encarregado do caso chega devolvendo as chaves do carro de uma das sócias, que se supunha estar na lavação por mais de um dia. A tal colega de quarto descobre-se ser prima do marido de uma das sócias e, sem explicação, é colocada a trabalhar no lugar da moça que faleceu, de forma atabalhoada, sem os procedimentos normais da clínica.
Antes que pudesse lembrar de mais algum item, o telefone me assustou.
- Renato, a Dra. Natty o está esperando na recepção.
- Ah, ok. Obrigado Kelly. Já estou indo.
Saímos num papo tão empolgante que quando nos demos conta, o elevador estava parando no subsolo. Enquanto ríamos de nossa própria distração, uma ideia me ocorreu e dei a mão à Natty, tirando-a do elevador e já sugerindo sair pela porta da garagem do prédio. Na realidade queria somente confirmar o que já era uma certeza. O carro de Deise, depois de um exagerado tempo na lavação, estava mais sujo de quando o vi saindo da garagem pela última vez.
Desci do primeiro apartamento muito mais animado do que havia visitado noutro dia, mas ainda não era o que eu queria. Entramos no táxi que nos aguardava e partimos para o próximo. E, ainda no táxi, resolvi perguntar de forma casual.
- Natty, eu não sabia que a Jaque era casada. Você também é?
- Não Renato, estou sozinha há anos. Não sei se a relação da Jaque pode ser chamada de casamento, mas é assim que ela a denomina, então precisamos nos acostumar. O menino acabou de fazer dezoito ou dezenove anos e vive à custa dela, nem estudar, estuda.
- Fiquei sabendo que ele é primo da nossa nova recepcionista, sabia?
- De repente a coisa se explica, então?
- Pois é, parece que sim.
Na realidade fiquei curioso para saber se ela também era casada, visto que nenhuma das duas usa aliança. Não sei por que, mas senti certo alívio em saber que ela não tem alguém. É muito bom fantasiar uma possibilidade, mesmo que remota, de ter algo com uma mulher tão deslumbrante como Natty. Não que não tivesse já fantasiado o mesmo com Jaque, mas é difícil explicar, com Natty é diferente, especial eu diria.
- Natty, esse é o apartamento que imaginei. O que você achou?
- Achei muito legal Renato, mas não é grande demais?
- É esse Natty, já estou tendo ideias, é esse, vamos à imobiliária? Vamos? Vem comigo. – E a abracei e comecei a cantarolar e dançar pela sala vazia. Ela sorria e me acompanhava suavemente, parecia deslizar. Aquele sorriso hipnótico de quando a vi pela primeira vez na clínica. Não sei de quem partiu o ímpeto, mas paramos imediatamente quando nossos lábios se tocaram, nossos braços deixaram nossos corpos colados e o beijo parecia anestesiar minha mente de todos os problemas e preocupações.

sábado, 25 de maio de 2013

Party Of Fire-Episodio 10


Capítulo 10
Maurochega com uma grande notícia para Juliana.
Mauro – Doutora? Tenho novidades, e das boas!
Juliana – Fala logo, que não aguento mais! Estou aqui há dias e não fecho este caso!
Mauro – Pois seus problemas acabaram, porque a garota do coma acordou!
Juliana – O quê? Acordou mesmo?
Mauro – Sim! Está agora com a família, mas amanhã poderá dar seu depoimento à tarde!
  Juliana agora está confiante, acredita que finalmente encontrará o assassino.
Mauro – Doutora, vai falar com o Otávio?
  Juliana pega sua bolsa e os dois vão ao sanatório visitar Otávio. Chegando lá, Juliana se sente mal, tem a sensação de que está num filme triste. Ela vê Otávio sentado,agarrado aos seus joelhos, com a expressão ingênua de uma criança. O médico explica a situação do garoto, seu comportamento enquanto esteve ali, e libera a entrada no quarto. Juliana entra sozinha. Quando Otávio a vê,vai correndo abraçá-la. É visível a inquietação de Otávio. Juliana procura acalmá-lo.
Juliana – Tudo bem, eu tô aqui!
Otávio – Mana, eles querem me pegar, eles vão me matar!
Juliana–Calma, irmão...
  Juliana bem que tenta esclarecer a situação, no entanto, Otávio não diz coisa com coisa.
Otávio – Eu não fiz nada, eu não fiz nada.
Juliana – Eu sei, e vou te proteger. Mas me diga: o que você viu, o que sabe? Quem matou o Rodrigo?
Otávio – Não fui eu... Ele mandou! Ele mandou, não foi minha culpa!
  Otávio fica perturbado, começa a chorar e a gritar. O médico e as enfermeiras entram e dopam-no. O médico tenta acalmá-lo. Juliana sai da sala, Mauro vai falar com ela.
Mauro – Você está bem?
Juliana (chorando) – Ele é meu irmão, Mauro. Como eu poderia estar?
 Mauro a abraça.
CONTINUA



segunda-feira, 20 de maio de 2013

Encontros e Desencontros-Capitulo 10


CAP X – Intromissões

- Renato, você viu o e-mail a respeito do meu endereço? – Natty abriu a porta de minha sala no fim da tarde e falou dali mesmo.
- Oi Natty, eu recebi sim, sei onde fica esse lugar. Estarei lá as 9. Não quer entrar?
- Não, obrigada, estou indo embora, tenho que passar no mercado antes. Algum prato preferido? – Ela sorriu de um jeito que me fez sentir intimo, senti uma felicidade momentânea lembrando nos primeiros anos de casado em que eu fazia essa pergunta para Laura todos os dias.
- Que tal um filé ao molho de Nata?
- Eu não sei se consigo fazer. Esse é o seu prato favorito? – Ela corou.
- Não se preocupe, eu faço.
- Não Renato, eu convidei você, só o que falta.
- Por favor, vou as 8 e faço, tudo bem? Assim você aprende também. – Comecei a arrumar minhas coisas para ir embora dando a entender que não aceitaria não como resposta.
- Tudo bem então. Não sabia desse seu lado Chef de cozinha.
- Por favor, não me subestime. – Sorri e acompanhei-a até saída.
Uma camisa simples, calça jeans e um tênis esportivo, queria estar casual para que Natty se sentisse a vontade em conversar sobre outras coisas que não fossem profissionais, ela estava precisando conversar, sair de todos aqueles problemas que surgiram de repente, e eu também precisava espairecer de alguma forma.
O endereço estava claro, mas demorei um pouco para encontrar, estava contente com o meu destino, tanto é que nem levei o celular, não queria ficar esperando por uma ligação de Laura.
- Oi Renato, você por aqui? – Quando me viro para ver a dona da voz, avistei Kelly.
- Oi Kelly, boa noite.
- O que você está fazendo por aqui?
- Eu vim dar uma volta, e você? – Fui educado em perguntar, mas estava louco para seguir meu caminho. – Jaque? De repente vi Jaque do outro lado da rua, ela viu que eu pronunciei seu nome e hesitou em atravessar.
- Renato, eu preciso ir. – Kelly respondeu me parecendo apavorada.
- Você veio se encontrar com Jaque?
- Nos vemos amanhã Renato. Até mais. – E saiu sem me dar oportunidade de saber algo mais, quando olhei para o outro lado da rua, nenhum sinal de Jaque.
- Bom dia Jaque! – Já a cumprimentei entrando em sua sala na primeira hora da manhã.
- Bom dia Renato. Que cedo, hein?
- Pois é, a secretária eficiente marcou uma reunião para nós, lembra? - Falei com a intenção de lembrá-la do acontecido de ontem à noite.
- Sabe que eu havia esquecido? Mas diga, do que se trata? – Percebi que não seria nada fácil.
- O investigador Rubens esteve aqui ontem conversando com você?
- Sim, esteve. Por que a pergunta?
- Encontramos com ele lá embaixo perguntando por você. – Eu não sabia onde estava querendo chegar, mas queria manter uma conversa duradoura a fim de retirar algo que explicasse o que estava acontecendo com Jaque.
- Encontramos? Você e Natty? Ah, estão bem próximos, não? – Ela não economizou na ironia. - Apenas companheiros de trabalho, Jaque. Você não gostaria de almoçar comigo também? Sabe, é bom conversar fora deste ambiente de trabalho, se você quiser conversar, saiba que você pode me procur... – Ela me interrompeu.
- Foi para isso a reunião? Convidar-me para almoçar?
- Não Jaque, por favor, entenda! Eu só quero deixar um clima agradável por aqui.
- Você não acha tudo isso muito agradável? Uma clínica de coaching pessoal. – Ela continuava com a ironia.
Seu telefone toca, no momento em que olhou o nome no visor, não conseguiu disfarçar o nervosismo.
- Preciso atender, Renato. – Ela levantou-se para atender e ficou caminhando pela sua sala. Fiquei imóvel onde estava.
- Oi Márcio, o que aconteceu? O carro? Para que você quer o carro agora? – Obviamente eu não conseguia ouvir do outro lado da linha, mas pude perceber que ela estava falando mais do que a outra pessoa. – Márcio, eu mandei o carro para a lavação. Ué, sempre tem uma primeira vez. Bom, estou em uma reunião, nos falamos depois. Beijos, querido.
- Algum problema? – Perguntei.
- Não, somente meu marido querendo o carro. – Ela respondeu sem olhar-me e logo se sentou novamente em sua cadeira.
- Não entregaram seu carro desde ontem ao meio dia?
- Não.
- E você não está preocupada? Geralmente precisam somente de um período para lavar. – Estranhei.
- Renato, você está um tanto intrometido demais ultimamente, não acha? Você chegou há poucos dias, já levou a minha sócia para almoçar, já estava dando opiniões sobre a nova secretária e agora criticando o serviço de lavação de carros da cidade. – Dessa vez ela falou tudo olhando direto em meus olhos.
- Tudo bem Jaque, me desculpe pela intromissão. Falamo-nos mais tarde, até logo.
Quando estava quase abrindo a porta, ela me chamou com uma voz tão doce, que nem consegui acreditar que vinha de sua boca.
- Renato!
- Sim?
- Pare de procurar motivos, foi um acidente. Deixe o investigador trabalhar.
Entendi o recado, mas não entendi porque naquela hora. Tive a impressão de vê-la totalmente amedrontada, da mesma maneira que estava ontem à noite quando me viu, suplicando para que eu não fosse a fundo nessa história, pois poderia encontrar algo que não queria.
- Eu sei Jaque, eu sei, vou deixar somente ele trabalhar. – Menti e encaminhei-me para a minha sala. Agora sim que eu começaria a investigar.
Ao aproximar-me de minha sala, já ouço meu telefone tocar, apresso o passo, mas ao abrir a porta a ligação é interrompida.
- Oi Kelly, você puxou a ligação da minha sala agora? - Pergunto pelo telefone, estava evitando olhá-la para não tirar conclusões a seu respeito, por enquanto.
- Sim, Seu Renato. Não sabia que o senhor já estava na sala, o telefone tocou mais de quatro vezes, aí puxei a ligação. Algum problema? – Se eu não a conhecesse e nem conhecesse sua história, poderia dizer que seria a secretária ideal, pois sua voz tinha segurança e ao mesmo tempo uma doçura harmoniosa.
- Não sei, você que vai me dizer se é algum problema. Quem era?
- Era Laura, ela disse que ligaria outro dia, perguntei se queria deixar recado, porém, não respondeu e desligou o telefone imediatamente.
- Obrigada. – Desliguei na hora e retornei para Laura, eu não podia acreditar que na única vez que Laura me ligou espontaneamente, eu não estava disponível.
O telefone tocava milhares de vezes, mas Laura não atendeu, deixei recados na caixa postal, liguei para Dona Regina, e ninguém me atendeu. Fiquei feliz, mas preocupado, poderia ter acontecido algo com João, ou até mesmo com ela, e eu não estava presente. Passei o dia inteiro angustiado olhando para o telefone a cada cinco minutos na esperança de ouvi-lo tocar e do outro lado da linha ouvir a voz de Laura calma dizendo que estava com saudades. Grande ilusão! Será que ela sabia que eu havia ido jantar com Natty? Mas como? Senti-me com um peso na consciência, mesmo que tivesse sido um encontro quase que profissional, não ficamos apenas falando de trabalho, muito pelo contrário, foi uma noite muito divertida, quando lembro dos momentos, sinto um alivio no peito e uma vontade estranha de cuidar de Natty, por que será?

sábado, 18 de maio de 2013

Party Of Fire- Episodio 09



Capítulo 09
  Juliana e Mauro conversam antes da chegada de Tiago, que irá prestar seu depoimento.
Mauro – Delegada, mais novidades para você. Ontem tivemos de internar o Otávio, que estava preso.
Juliana – Como assim?Por quê?
Mauro – O garoto apresentou alguns sintomas de loucura,esquizofrenia.
Juliana – Meu Deus! Era tudo que eu precisava... Mas ele estava muito alterado?
Mauro – Ele só dizia que não matou ninguém.
Juliana – Talvez não seja o culpado.Talvez saiba quem é o criminoso e quer protegê-lo.
Mauro – Eu acho que ele assistiu o assassinato.
Juliana – Quero um novo depoimento dele.
Mauro – Mas ele não está em condições de depor, nenhum médico o liberaria.
Juliana – Eu tenho meus métodos, Mauro. Conheço muita gente.
  Juliana estava preocupada e queria muito ver o rapaz.Logo, Tiago chega à delegacia.
Juliana – Olha aí, o garoto que parece ter passado a festa inteira tirando fotos.
Mauro – Mando ele entrar?
Juliana – Por favor.
 Tiago entra demonstrando medo.
Juliana – Então, Tiago? Soube que você era um grande fã do Rodrigo.
Rodrigo – Não, apenas éramos amigos verdadeiros.
Juliana – Eu e o investigador aqui também somos amigos verdadeiros,e nem por isso tenho mais de 1500 fotos com ele.
  Mauro engasga de vergonha.
Tiago – Não, vocês trabalham juntos, eu e o Rodrigo éramos como irmãos, fazíamos tudo juntos.
Mauro – Até dividiam o amor de Flávia?
 Tiago fica vermelho, tão vermelho quanto um pimentão.
Tiago – Quem te disse isso?
Mauro – Eu tenho minhas fontes.
Tiago – Estou pouco me lixando pras suas fontes. Eu gostava do Rodrigo, não o mataria por nada nessa vida.
Juliana – Está liberado, Tiago. Se precisarmos de você, ligaremos.
  Tiago, antes de sair, olha profundamente nos olhos de Mauro.
Juliana – Que historia é essa da Flávia?
Mauro – Joguei um verde nele.
Juliana – E colheu maduro!
  Juliana e Mauro agora têm uma pista nova.
CONTINUA



segunda-feira, 13 de maio de 2013

Encontros e Desencontros-Capitulo 09


CAP IX – Kelly

- Natty, o que você acha de voltarmos para convidá-la?
- Não Renato, por favor, nossa intenção é nos desligarmos dos problemas, não?
Como tínhamos uma caminhada de alguns minutos até à praça de alimentação, no Shopping ao lado, decidi investigar ainda mais um pouco sobre esse desentendimento repentino entre as duas.
- Natty, o que está acontecendo com Jaque? Ela era muito próxima à Deise?
- Renato, sinceramente, também não estou entendendo. Eu apenas cobrei uma participação maior dela, após seu retorno do final de semana e ela se transformou. Não sei o motivo, ficou uma fera comigo.
- Eu conversei com ela, mas ao mesmo tempo que me pareceu muito fria numa frase onde colocou Deise como praticamente uma desconhecida, verifiquei seu histórico de acessos na internet justamente sobre Deise e todo o acontecido.
- Não sei o que dizer Renato, sempre fomos amigas para todas as horas, nunca faltou apoio de nenhuma das duas.
- Natty, por outro lado, ela não sabia do acontecido, estava fora da cidade, sem celular, você não cobrou muito dela? Parece-me que ela pode ter ficado magoada com você.
- Renato, ela nunca saiu dessa forma, sem avisar ninguém, simplesmente sumiu sexta-feira ao meio-dia e retornou segunda-feira como se nada houvesse acontecido. Nós temos uma empresa, somos sócias, essa não é a postura mais adequada, temos que convir.
Ao chegarmos à calçada, em frente ao escritório, caminha em nossa direção o investigador do caso.
- Bom dia! – falou dirigindo-se à Natty, por motivos óbvios. Deslumbrante, como de costume.
- Bom dia! – respondemos os dois uníssonos.
- Por favor, vocês sabem onde posso encontrar a Srta. Jaque Greguy?
- Claro, sala 402. – respondeu rapidamente Natty, apontando a entrada do prédio.
- Desculpe-me, senhorrrr... – aguardei seu nome.
- Rubens. Rubens Feliciano. Às suas ordens.
- Sr. Rubens, eu me chamo Renato, muito prazer, alguma novidade na investigação?
- Bem, primeiramente estamos aguardando o resultado da perícia para qualquer pronunciamento. Apenas estou adiantando meu trabalho entrando em contato com todas as pessoas mais próximas da moça para ter em mãos um perfil de seu comportamento.
- Bom trabalho então. Estamos saindo para o almoço, com licença.
- Obrigado. Bom apetite. Até breve.
Seguimos então nossa caminhada até o Shopping.
- Acho tão estranho esse cara, Renato.
- Sim, não é dos mais simpáticos realmente. Além de sempre transparecer que não acredita em nada do que a gente fala.
- Renato, a Claudia comentou que já temos uma candidata para substituir a Deise.
- Sim, é verdade, eu a entrevistei, mas ainda não decidimos.
- Não seja tão exigente, é só uma recepcionista.
- Sim, claro, apenas acho que existe algo errado com essa moça, ela morava com a Deise, parece que nem sentiu sua morte, muito estranho.
Nesse momento, já dentro do Shopping e nos encaminhando para a praça de alimentação, avistamos entrando pela outra porta, Claudia e Kelly. Elas nos cumprimentaram com um aceno tímido, mas seguiram em outra direção. Na realidade, em direção ao corredor de serviços, mais especificamente ao espaço reservado aos caixas eletrônicos dos bancos. Fiquei intrigado com essa aparente amizade tão repentina. Escolhi um lugar para sentar na praça de alimentação que me dava uma visão direta para a entrada do corredor no qual elas estavam. Mais alguns minutos e vi somente a Claudia saindo do corredor e do Shopping. Apenas alguns instantes antes de eu avistar Kelly saindo apressada, com um pacote na mão.
- Natty, ainda temos algum tempo, você não quer me acompanhar até um dos apartamentos que estou vendo para alugar? Fica umas duas ou três quadras daqui.
- Claro, vamos sim, assim caminhamos um pouco.
O apartamento foi descartado na hora, estava em péssimas condições. Não valeria a pena, mas ainda tenho outros dois para avaliar.
- Renato, obrigada pela companhia. Você é uma pessoa muito especial.
- Natty, é um prazer estar em sua companhia. Pode sempre contar comigo.
- Você então está planejando trazer sua família?
- Estou pensando sim, mas estou muito preocupado. Laura está muito diferente, não sei o que está acontecendo.
Chegando à clínica, Natty chamou a atenção para o carro de Jaque saindo da garagem.
- Onde Jaque está indo? Pelo que lembro, sua agenda está lotada esta tarde.
- Alguém pode ter desmarcado Natty. Vamos subir.
As luzes acesas da clínica nos estranharam, pois supúnhamos que estivesse vazia. Mais surpresos ficamos quando constatamos que a porta estava aberta e pelas novidades que descobriríamos em seguida.
- Boa tarde Seu Renato, Dra. Natty.
- Boa tarde, mas quem é você?
- Natty, esta é Kelly, a candidata à vaga de recepcionista.
- Acabo de ser contratada, Seu Renato, a Claudia e a Dra. Jaque me chamaram.
- Bem Kelly, seja bem vinda e, por favor, peça que a Claudia venha até minha sala em quinze minutos.
- Olá pessoal, como foi o almoço?
- Jaque? Quem saiu com seu carro?
- Espero que ninguém, por que Natty?
- Posso jurar que o vi saindo há dez minutos.
- Ah! Sim, sim, chamei o pessoal da lavação para pegá-lo aqui, já tinha esquecido. Já falaram com a Kelly?
- Sim, já ficamos sabendo da novidade, mas com licença, porque minha primeira cliente da tarde deve estar chegando.
Preferi não me intrometer, mas tudo ficou tão estranho assim de repente.
- Jaque, posso conversar com você?
- Renato, estou com a tarde lotada de clientes, pode ser amanhã cedo?
- Sim, claro, por favor Kelly, agende uma reunião minha com a Jaque no primeiro horário de amanhã.
- Sim senhor.
Fui para minha sala. Preciso ligar para Laura, essa situação está me angustiando demais.
- Confeitaria Imperial, boa tarde!
- Laura?
- Olá Renato, tudo bem?
- Tudo indo. Fui ver um apartamento hoje, mas ainda não é o que espero encontrar.
- Renato, podemos conversar à noite? Você sabe que é complicado falar daqui. Por favor?
- Laura, apenas quero sua confirmação de que virá morar comigo, só isso.
- Conversamos depois, Renato, eu ligo. Beijo. – Desligou! Mais uma vez. No mesmo momento que Deise me avisa que Natty está me chamando em sua sala.
- Oi Natty, mandou me chamar?
- Sim Renato, por favor, sente-se.
- Boa tarde Claudia.
- Boa tarde Renato.
- Claudia, o Renato comentou comigo que entrevistou nossa nova recepcionista e não ficou convencido que seria a candidata ideal. Por que a contratamos?
- Natty, a Jaque me solicitou que eu resolvesse essa questão ainda hoje. Eu não tinha outra candidata. E é só uma recepcionista, né Natty?
- Renato, o que você acha?
- Natty, como lhe falei, é apenas uma opinião pessoal, não tenho experiência em seleção. Acho que podemos fazer uma experiência.
- Claudia, tudo bem, você pode ir. Mas não esqueça novamente de nossos procedimentos internos. O Renato realizou a entrevista, cabia a ele, somente a ele, a decisão de contratá-la.
- Desculpe-me Natty, não voltará a acontecer. Com licença.
- Renato, obrigada. Desculpe-me tê-lo envolvido, mas precisava colocar a casa em ordem.
- Não se preocupe Natty, você está certa. Também achei muito esquisita essa contratação repentina. Com licença então, bom trabalho.
- Obrigada. Renato, janta comigo hoje? Queria conversar um pouco mais com você.
- Claro Natty, que horas? Aonde vamos?
- Pensei na minha casa mesmo, que tal? As 9.
- Combinado. Depois pego seu endereço com a nossa nova recepcionista.
- Eu já lhe encaminho por e-mail. Pode deixar. Até mais então.
- Até.

sábado, 11 de maio de 2013

Party Of Fire-Episodio 08



Capítulo 08
Juliana e Mauro decidiram, desta vez,que investigariam as histórias dos jovens mortos, o que faziam naquela festa, por que estavam ali. Montando seu quebra-cabeça, Juliana percebe que Andressa e Laisa não pareciam ter uma ligação direta no caso.Tiago não tinha dado seu depoimento ainda. Juliana rabiscou em uma folha a ligação entre os suspeitos e testemunhas, e a linhagem acabava em Lucas, o que despertou em Mauro uma nova suspeita. Por isso chamaram o rapaz.
Mauro – Lucas,já que você é um bom observador, nos responda: qual era a relação entre Laisa e Andressa na festa?
Lucas – Não as conhecia bem, mas Laisa era lésbica, ela e Amanda namoraram há alguns meses.
Juliana – Mas a Amanda disse que gostava de Rodrigo, os dois até ficaram no banheiro.
Lucas – Não sei, mas é um bom motivo para se terminar um namoro. Amanda se apaixona por Rodrigo e termina com Laisa por conta disso. Laisa fica com ciúmes...
Juliana – Laisa pode ser uma suspeita!
Mauro – Você, em uma festa dessas, não ficou com ninguém, não se divertiu?Pegou alguma gatinha?
Lucas – Na verdade, eu recém tinha terminado com Britanny, que é uma das amigas de Mariel.
Juliana – E por que vocês terminaram?
Lucas – Faculdade. Ela foi para fora do estado, eu não gosto de namorar à distância.
Mauro – O que você pode dizer de Tiago?
Lucas – Um cara legal, mas deslocado. É o tipo de rapaz que não pega ninguém e, pra compensar, passa a noite inteira tirando fotos e gravando os outros.
Juliana – Sabe se ela gostava de alguém?
Lucas – Não, nunca o vi com uma menina antes. Só sei que era muito, muito amigo de Rodrigo.
Mauro – Amigo de que tipo?
Lucas – Amigo do tipo que idolatra, fã numero um, sabe?
  Juliana libera o rapaz. Em seguida, ela entra no perfil de Tiago no Facebook e vê mais de 1500 fotos dele com Rodrigo.
Mauro – Delegada, acho que temos um novo suspeito.
Juliana – Dois novos, Mauro! Dois!
Juliana começa a desconfiar dos depoimentos de Lucas, de sua vontade de querer ajudar e ser sempre tão prestativo.Tá bom demais pra ser verdade... Talvez ela e Mauro estivessem enganados, mas eles pressentiam que Lucas escondia algo.
CONTINUA



segunda-feira, 6 de maio de 2013

Encontros e Desencontros Capitulo 08

CAP VIII – Desavenças

- Kelly, o que você está fazendo aqui? – Não consegui disfarçar minha surpresa e perguntei logo que fechei a porta da sala de entrevista.
- Por que a surpresa? Eu só lembrei-me da vaga e decidi me inscrever. – Hoje ela sorria e estava um tanto ousada.
- Sim, mas é a vaga de sua amiga, sua melhor amiga, arrisco dizer. Você não se sente mal com isso? – Eu não sei o que havia por trás e se é que havia algo, mas eu fiquei um tanto intrigado com a sua inscrição para a vaga tão cedo.
- Sim, mas essa minha amiga já está morta. Você vai fazer a entrevista?
Fiz perguntas rotineiras, seguindo o cronograma que estava na folha de papel que Claudia me entregou. Ao fim de nossa conversa, Kelly levantou-se e pude perceber como estava diferente daquela noite. Hoje usava um vestido cor nude que acentuava sua cintura e um sapato alto que dava ar à sua postura. O que estava acontecendo? Por que estava tão feliz alguns dias após a morte de sua amiga? Fiquei pensando que só eu por ali tinha sentimentos tão à flor da pele.
Na volta para a casa no fim do dia, resolvi ligar para Laura, porém, ela não me atendeu. Aquilo já estava virando rotina, aquele tratamento distante e aquela conversa curta de sempre. Por muitas vezes prometi a mim mesmo desistir dessas ligações e desse comprometimento não recíproco, porém, essa solidão por aqui me faz querer tê-la perto a cada dia mais. Essa mudança constante de humor das pessoas por aqui me faz querer conviver somente com seu jeito que conheço tão bem. Por que tão difícil? E eu que achei que já tinha passado por todas as dificuldades da vida. Só estava começando.
No outro dia pela manhã nada de anormal na clínica, Jaque estava em sua sala, como de costume, e Natty também. Como fazia todas as manhãs, fui visitá-las.
- Bom dia Natty!
- Oi Renato, bom dia. Como você está? – Ela baixou a revista logo que me viu.
- Estou bem e você?
- Estou bem também, dentro do possível. – Ela não parecia nada bem, pois logo levantou a revista sem dar importância para a minha presença.
- Ontem entrevistei uma candidata para a vaga de Deise, mas nunca fiz isso, não sei se me sinto seguro para contratar alguém assim. – Quis quebrar o gelo e puxar um assunto diferente, mas só depois percebi que havia voltado ao mesmo: a morte de Deise.
- Você vai fazer a escolha certa. Confiamos em você. – Dessa vez largou a revista na mesa de centro e levantou-se mudando de assento para o meu lado. – Sabe Renato, eu estou insegura, não me sinto mais à vontade por aqui, não sei o que está acontecendo, mas sinto que há algum mistério por trás desses últimos acontecimentos.
- Acalme-se Natty, ainda é recente, eu não devia ter tocado no assunto, vamos esquecer isso e ter um ótimo dia de trabalho, seus clientes precisam disso. – Apenas tentei acalmá-la, mas eu também sentia a mesma coisa, havia algo de muito errado por trás de tudo isso. Mas o que?
Saí de sua sala abraçando-a afetuosamente e desejando um ótimo dia de trabalho, ao meio dia eu voltaria para conversarmos mais. Encaminhei-me então para a sala de Jaque a fim de fazer o mesmo.
- Bom dia Jaque!
- Bom dia Renato. – Ela já estava em seu posto de trabalho e fixa à tela do computador.
- Tudo bem? Trabalhando já?
- Estou bem, e você? Estou sim, adiantando algumas coisas.
- Vou bem, obrigado. – Respondi sabendo que não haveria resposta alguma, então logo em seguida já tornei a falar. – Você conversou com Natty hoje? Estive ali agora a pouco, ela ainda está muito abalada, você não acha que ela deveria tirar uma semana de folga?
- Se ela merece tirar, todos nós merecemos. Ela nem era da família, Renato. É coisa de momento, eu sei. – Jaque respondeu friamente e ainda assim sem tirar os olhos do computador.
- Jaque, ela enfrentou a situação toda sozinha. Eu cheguei depois da bomba ter estourado, apenas cuidei dos últimos detalhes, mas foi Natty quem aguentou tudo isso. – Não me contive. O que é que estava acontecendo com ela? Nem parecia ser psicóloga.
- Pode ser Renato, pode ser. Agora se me dá licença, eu vou tomar um café. Tenha um bom dia. – Ela respondeu e logo saiu de sua própria sala, me deixando ali sem chances de falar tudo o que ela merecia ouvir.
Fiquei curioso com o que estava interessando tanto a ela no computador, pois não parecia assunto de trabalho. Arrisquei-me e fui até ele, abri a pagina da internet e consegui ver seus últimos acessos. Apenas páginas em que continham notícias de Deise, notícias sobre sua morte, suspeitas e detalhes daquela noite. Não entendi o seu interesse fixo naquela história que sabíamos de trás para frente. Será que ela sabia algo mais? Consegui encontrar também um acesso do dia em que ela retornou para a clínica após o acontecimento, ela pesquisou o perfil do investigador, foi o primeiro acesso ao ligar o computador naquele dia. Por que ela teria tanto interesse nele? Fechei as páginas e fui para a minha sala, pronto para um dia de trabalho tranquilo, apesar de todas as emoções logo cedo.
- Alô, Renato?
- Oi, é ele.
- Renato, é a Cláudia, tudo bem?
- Oi Cláudia, tudo certo e com você?
- Tudo certo. Olha só, como foi a entrevista ontem? Não pude falar com você depois.
Fiquei sem saber o que responder, não queria parecer ter incerteza, mas também não tinha certeza de nada. Como não pude pensar que ela iria ligar?
- Você sabe, não entendo muito bem dessas coisas, por que não deixou a parte de testes numéricos para mim? – Brinquei para descontrair e tomar outro rumo da conversa.
- Bem que eu gostaria Renato, mas você sabe, Natty e Jaque estão em pé de guerra por aí. – Ela não teve papas na língua e eu não podia imaginar que a situação estava desse jeito.
- É, mas logo tudo se ajeita. – Apenas concordei.
- Então, me diga, o que você achou do perfil? É que por incrível que pareça, foi a única candidata que apareceu, estou aguardando mais alguma, mas até agora nada. E você sabe, ela dividiu apartamento com Deise, que Deus a tenha, então deve ter praticamente as mesmas atitudes. – Percebi no seu tom que ela estava suplicando para que eu aprovasse o perfil de Kelly.
- Cláudia, não deu para tirar alguma conclusão, a moça pareceu-me simpática, tem perfil de recepcionista, só não posso afirmar com certeza se é confiável e comprometida.
- É? Vou marcar uma entrevista com ela então, estou resolvendo alguns outros casos da clínica, por isso deixamos a entrevista com você, me desculpe, essa não é a sua função.
- Imagina, conte comigo sempre que preciso. Mas passo a bola para você agora. – Respondi aliviado por não ter que ter responsabilidade daquela situação.
Desliguei o telefone e voltei ao que estava fazendo, meu estômago já indicava que o horário do almoço estava chegando, e assim lembrei de Natty e em como ela estava precisando de alguém para conversar.
- Oi Renato, já é meio dia?
- Oi Natty, sim. Muito concentrada no trabalho? – Perguntei sorrindo a fim de reconfortá-la.
- Quem dera, pensamento longe, mas a tarde tenho cliente, espero que me ajudem. Que ironia, não? – Enfim eu a vi sorrir.
- Que bom. O que você acha de almoçarmos naquele restaurante que havíamos comentado na semana passada? Vamos sair um pouco daqui. – Assim como ela, eu também estava precisando de um tempo para esquecer os problemas e não ligar para Laura.
- Ótima idéia Renato, vamos sim. – Ela pegou sua bolsa e logo saímos de sua sala.
No caminho do corredor encontramos Jaque, senti o clima esfriando na hora em que seu olhar encontrou-se com o de Natty.
- Que lindos! Vão almoçar juntos e nem me convidaram? – Ela pôs um sorriso irônico e passou ao nosso lado sem ao menos esperar a resposta.

sábado, 4 de maio de 2013

Party Of Fire- Episodio 07



Capítulo 07
  O quebra-cabeça continua na delegacia. Juliana já não dorme mais tentando solucionar o caso. Seus suspeitos principais são Karen e Fernando. Mas ela sabe que tem de investigar mais. Então, resolveu interrogar Amanda, uma garota de classe alta, que se dizia lésbica e que namorou Laisa, garota que estava na festa mas não sobreviveu.Amanda era o tipo de garota que não sabia o que queria da vida,era muito indecisa.
Juliana – Olá! Pode se sentar, menina.
Amanda – Oi!
Juliana – Então me diga, Amanda: o que fazia naquela festa?
Amanda – Fui chamada pela Mariel, ela queria ir para ver o Cláudio, mas precisava de mim para poder sair.
Juliana – E onde estava depois que Mariel foi encontrar Cláudio?
Amanda – Bom, eu fui ver o Rodrigo tomar banho.
Mauro – Por quê? Você não é homossexual?
Amanda – Ah, tipo... até que eu acho que eu sou, mas sei lá...
Juliana – Então você viu a vítima no banho?
Amanda – É, eu sempre tive uma queda por ele, mas ele nunca olhava para mim. Não consegui me segurar, fui ao banheiro. Mas quando cheguei,ele estava discutindo com a Flávia. Então,me escondi em baixo da cama e esperei ela sair para poder entrar e beijá-lo.
Juliana – Por que eles discutiam?
Amanda – Porque ele não queria mais nada com ela e ela tinha ficado com o Otávio. Depois que a Flávia saiu, eu abri o box. Ele ficou envergonhado e me pediu que saísse.Eu até pedi desculpas, mas não resisti e beijei-o.
Mauro – E como ele reagiu a esse beijo?
Amanda – Bem até, a gente ficou. Mas ele depois recuou, disse que não podíamos ficar ali por causa da Flávia. Eu disse que saberia esperar, então saí dali.
Mauro – Você viu mais alguém depois que saiu?
Amanda – Não, quer dizer, eu ouvi uma discussão entre o Otávio e o Fernando em um dos quartos.
Juliana – Você suspeita de alguém?Alguém que poderia ter matado o Rodrigo naquela noite?
Amanda – Não. Mas acho que, se alguém matou o Rodrigo aquela noite, a única pessoa que pode te responder é a Flávia.
Mauro – Já imaginávamos...
  Amanda vai embora. Mauro e Juliana aumentam suas suspeitassobre Fernando,Flávia,Otávio e Karen.
CONTINUA